Rendimento médio real do brasileiro chega a R$ 2.846 em 2023

O rendimento médio real do brasileiro cresceu 7,5% e atingiu o valor de R$ 2.846 em 2023, após registrar R$ 2.648 em 2022. O valor do rendimento de todas as fontes no último ano superou o nível pré-pandemia, mas ficou abaixo do valor máximo da série histórica de R$ 2.850, registrado em 2014. Os dados são do relatório Rendimentos de todas as fontes 2023 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgado nesta sexta-feira, 19, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o IBGE, a região com o maior rendimento mensal foi o Centro-Oeste, com R$ 3.355, seguida pelo Sudeste com R$ 3.308 e pelo Sul com R$ 3.149. A região Norte teve R$ 2.255 e o Nordeste teve rendimento mensal de R$ 1.885, o menor entre todas as regiões.

Os dados apontam que todas as regiões do país registraram um aumento do rendimento de todas as fontes, com a maior elevação ocorrendo no Norte, com alta de 9,9%. Em comparação com 2019, nível pré-pandemia, apenas o Norte, com alta de 12,8%, e o Centro-Oeste, com 6,7%, apresentaram crescimento.

Nas comparações entre os estados, o Distrito Federal é a Unidade da Federação com a maior média mensal real, com valor de R$ 4.966, seguida de São Paulo, com R$ 3.520, e o Rio de Janeiro com R$ 3.510. Bahia, com R$ 1.806, e Maranhão com apenas R$ 1.730 de média mensal são os estados com pior rendimento médio mensal do Brasil.

Na categoria de rendimento de todos os trabalhos, considerado para as pessoas de 14 anos ou mais de idade no mercado de trabalho, foi estimado um valor de R$ 2.979 em 2023, o que representa uma expansão de 7,2% em relação a 2022, quando o valor foi de R$ 2.780

Considerando a série histórica, o rendimento habitual de todos os trabalhos apresentou crescimento acumulado de 4,3% entre 2012 e 2019 (de R$ 2.807 para R$ 2.927). No primeiro ano da pandemia de covid-19, esse rendimento atingiu o maior valor da série (R$ 3.028).

Já o rendimento de outras fontes teve alta de 6,1% em relação ao ano anterior e alcançou R$ 1.837 em 2023. Um dos itens que compõem a categoria são as aposentadorias e pensões, que cresceram 6,6% em 2023 e registraram média de R$ 2.408. O número, porém, é abaixo do nível pré-pandemia, de R$ 2.499 em 2019.

Em todas as regiões do Brasil, com exceção da Região Sul (R$ 2.321), a aposentadoria e pensão também representava a categoria de maior valor médio entre os rendimentos de outras fontes, variando de R$ 1.971 no Nordeste a R$ 2.935 no Centro-Oeste.

Os rendimentos provenientes de aluguel e arrendamento apresentaram valor médio de R$ 2 191 em 2023, crescimento de 19,3% se comparado ao estimado para 2022 (R$ 1.836) e de 3,5% em relação a 2019 (R$ 2.177). Em termos regionais, apenas a Região Norte (-8,6%) apresentou queda no valor médio desse rendimento entre 2022 e 2023. O Sul, por outro lado, registrou a maior expansão (28,9%), com o valor médio alcançando R$ 2.661, o maior valor dessa categoria entre as regiões e superando o rendimento médio de aposentadoria e pensão na região.

Informações da Exame
Foto: Freepik

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