Os 4 principais tipos de exercícios e a importância de cada um deles

Quando se fala sobre praticar alguma atividade física, costuma-se pensar primeiro nos treinos de força (em geral, a musculação) ou nos aeróbicos (como corrida ou natação). A tendência é que a pessoa escolha fazer a modalidade que mais gosta ou aquela que parece mais eficaz para atingir algum objetivo. Mas, na realidade, existem outros tipos de exercícios que são muito importantes: os de equilíbrio e de alongamento, por exemplo. Todos eles deveriam fazer parte da rotina visando uma longevidade saudável.

Vale lembrar que atividade física é definida por qualquer ação em que a pessoa se movimenta ativamente e aumenta o gasto calórico em relação ao estado de repouso. Ou seja, ir a pé para o trabalho, para a padaria, passear com o cachorro, lavar a louça, varrer a casa, subir escadas, etc. Por outro lado, o exercício físico é uma atividade orientada, programada, que tem uma metodologia e a pessoa tem um objetivo: como ir treinar na academia ou fazer aulas de natação ou pilates, por exemplo.

1 – Exercícios aeróbicos (ou de resistência): são aqueles que aceleram a respiração e aumentam a frequência cardíaca – entre eles, podemos citar andar de bicicleta, correr, nadar, dançar, etc. São importantes para muitas funções do corpo, especialmente para aumentar a resistência do coração e dos pulmões, pois melhoram a capacidade de fornecimento de oxigênio para todos os tecidos e de o músculo utilizar melhor o oxigênio que chega.

O educador físico do Einstein explica que um bom exemplo para saber se está em dia com os exercícios aeróbicos é ver como o seu organismo se comporta ao subir alguns lances de escada. Ficou muito ofegante? Procure um médico para uma avaliação. O cansaço ao subir degraus pode indicar apenas falta de condicionamento físico e isso pode ser revertido com a prática de exercícios aeróbicos.

Os exercícios aeróbicos também ajudam a relaxar as paredes dos vasos sanguíneos, reduzir a pressão arterial, queimar gordura corporal, diminuir os níveis de açúcar no sangue, reduzir a inflamação e melhorar o humor. Assim, a longo prazo, reduzem o risco de doenças cardiovasculares, entre elas infarto, Acidente Vascular Cerebral (AVC), diabetes tipo 2, entre outras.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que as pessoas façam ao menos 150 minutos por semana de atividades de intensidade moderada a intensa. Os exercícios aeróbicos são uma boa maneira de atingir essa recomendação – podem ser os de longa duração ou os intervalados de alta intensidade, conhecidos como HIITs.

2 – Exercícios de força: apesar de o senso comum associar os exercícios de força somente à prática da musculação, Crivoi ressalta que isso não é uma verdade, pois tudo o que uma pessoa faz envolve força. Quando a pessoa caminha ou corre, por exemplo, a pessoa está aplicando força contra o solo e até quando ergue uma sacola está aplicando força.

O que muita gente não sabe é que o treino de força é essencial, pois à medida que envelhecemos, perdemos força e massa muscular. Consequentemente, as tarefas básicas diárias vão se dificultando, como carregar sacolas, erguer objetos, estender roupas, levantar-se do sofá ou de uma cadeira, levantar-se do chão.

Um treino de força em uma sala de musculação vai ajudar no aumento de massa muscular.

3 – ​Exercícios de alongamento, flexibilidade e mobilidade: são fundamentais para ajudar a manter e aumentar a flexibilidade e a mobilidade. A flexibilidade é a capacidade de usarmos a articulação na sua amplitude máxima. As pessoas mais jovens não costumam valorizar esse tipo de atividade, mas o fato é que o envelhecimento também leva à diminuição da flexibilidade dos músculos e tendões (além da perda de massa muscular).

O alongamento é uma estratégia de treinamento e uma maneira de melhorarmos a capacidade do músculo de atingir essas maiores amplitudes.

Já a mobilidade é a capacidade de mover uma articulação livremente durante o movimento. Músculos encurtados aumentam o risco de lesões, de câimbras e quedas, além de causar dores musculares, nas costas e nas articulações. O enrijecimento da musculatura também dificulta a realização de atividades cotidianas, como abaixar-se para amarrar os sapatos ou levantar os braços para estender roupas no varal.

Entre os exercícios que trabalham a mobilidade e a flexibilidade, estão a ioga, o alongamento, a ginástica natural, prática onde a pessoa usa apenas o peso do próprio corpo para se exercitar, entre outros.

4 – Exercícios de equilíbrio: o equilíbrio é a capacidade da pessoa sustentar o centro de massa e, para isso, é preciso ter força muscular para ajustar a postura rapidamente com as diferentes mudanças que podem acontecer no ambiente. Ter equilíbrio ajuda a pessoa a se sentir mais estável e previne a ocorrência de quedas, especialmente entre os mais velhos. Pisar num buraco, por exemplo, é uma mudança complexa que acontece no ambiente e o equilíbrio atua nessa capacidade de reagir.

Entre os exercícios que treinam equilíbrio, estão ioga, pilates, musculação com peso livre (fora das máquinas), etc.

Informações da CNN
Fotos: Freepik

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