5 grifes sustentáveis nacionais para conhecer

No que diz respeito ao consumo de roupas, o brasileiro parece estar consciente da importância disso: recentemente, uma pesquisa da Union + Webster, divulgada pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), apontou que 87% das pessoas do país preferem comprar de marcas sustentáveis.

Algumas grifes contam com veias eco-friendly, ou seja, pensam no bem estar do meio ambiente ao fabricar peças que irão para o seu guarda-roupa. Seja com uma seleção responsável dos materiais utilizados ou escolhendo maneiras de produzir as peças que reduzam os impactos ambientais, elas são essenciais para a sustentabilidade se expandir para o mundo da moda.

Esse foi, inclusive, o mote da 57ª São Paulo Fashion Week. O tema “Sintonia” fala sobre o movimento de entrar em alinhamento com novos tempos, de acordo com Graça Cabral, cofundadora do evento. A ideia era questionar o processo de produção das roupas.

Pensando nisso, listamos cinco grifes brasileiras que produzem suas coleções focando em políticas sustentáveis. Assim, você aproveita o mês da Mãe Terra para consumir produtos nacionais, exclusivos e que se preocupam com o nosso futuro.

1 – Catarina Mina

A grife Catarina Mina produz roupas e acessórios artesanais desde 2015, sob comando da fundadora Celina Hissa. Desde 2022, a marca conta com um núcleo responsável pela coleta de dados, números e histórias de todos os projetos, pensando em analisar o impacto das ações da Catarina Mina em comunidades do Ceará, principal conjunto de artesãs da grife. “Eu acho que, hoje em dia, todo mundo precisaria andar de mãos dadas com a sustentabilidade. A gente está chegando em um novo século no qual a mudança do mundo depende da sustentabilidade”, disse Celina em entrevista à Forbes.

2 – Martha Medeiros

A estilista Martha Medeiros, reconhecida por sua dedicação à renda feita à mão, resgatou e valorizou essa tradição, com grande demanda por essa técnica artesanal. “Quando começamos, as rendeiras moravam em sítios e, antes de chegarmos às rendeiras, elas vendiam a renda aos atravessadores, que passavam nos sítios e levavam até a cidade principal. Quando começamos a trabalhar, fornecemos a linha para ter a matéria-prima de qualidade e precisávamos de uma mão de obra sustentável”, conta Gélio Medeiros, CEO da grife e filho de Martha.

3 – Lenny Niemeyer

Em 1979, Lenny Niemeyer deu início à sua trajetória como estilista, confeccionando biquínis para renomadas grifes como Fiorucci, Bee, Richards e Andrea Saletto. Dez anos mais tarde, em 1991, ela optou por empreender, lançando sua própria marca e inaugurando sua primeira loja em Ipanema, no Rio de Janeiro. As criações da estilista são fortemente influenciadas pelo estilo de vida carioca, abrangendo não apenas biquínis e maiôs, mas também moda pós-praia, englobando roupas, bolsas e calçados.

4 – Flavia Aranha

A grife Flavia Aranha foi fundada em 2009 com o objetivo de oferecer uma alternativa ao mercado da moda. A empresa redesenhou toda a sua cadeia produtiva, incorporando conhecimentos e lógicas ancestrais e conectando essas práticas com processos de inovação. No entanto, a empresa reconhece que não é completamente sustentável. A fundadora, que dá nome à marca, acredita que a sustentabilidade plena não é possível dentro do capitalismo, pois o principal problema, que é a desigualdade social, é o eixo de todos os sintomas que buscam solucionar.

5 – Reptilia

A marca Reptilia tem conquistado destaque desde 2019, quando recebeu o convite para integrar a Casa de Criadores, um dos eventos mais importantes e tradicionais da moda brasileira. A marca questiona e reflete sobre o tempo e os contrastes atuais, convidando o público a compartilhar um pouco desse processo.

Em 2018, a Reptilia recebeu o Prêmio Sesi-ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável), reconhecimento concedido pela ONU a empresas destacadas por questões como desperdício zero, cuidados com o meio ambiente e a comunidade global. “Eu acredito que a preocupação com a sustentabilidade tem que fazer parte de qualquer marca no mundo hoje, independente do tamanho, setor ou segmento. O compromisso com sustentabilidade em todas as etapas têm que ser um modus operandi de todas as rotinas de uma empresa, principalmente quando se produz produtos físicos”, disse Heloisa Strobel, fundadora da Reptilia.

Informações da Forbes
Fotos: Divulgação

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