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A adenoide é conhecida popularmente como “carne esponjosa” e fica localizada na região mais posterior do nariz, cientificamente denominada como rinofaringe. Por essa razão, só é possível avaliá-la a partir da realização de exames como a Radiografia de Cavum ou a Nasofibroscopia. Os problemas causados pela adenoide surgem quando há seu crescimento excessivo, principalmente na faixa etária entre os 2 e 7 anos de idade, resultando na obstrução da passagem de ar pela cavidade nasal e, como consequência, a criança deixa de respirar pelo nariz – que é a maneira ideal – e passa a respirar pela boca, causando um crescimento desarmônico da face.

Segundo a odontopediatra Dra. Mônica Seefeldt, as crianças podem passar o dia de boca aberta e, neste caso, o crescimento da face ficará alterado em nível físico e bioquímico. Se a boca fica aberta numa frequência excessiva durante a fase de desenvolvimento da criança, a posição da língua não estará correta, prejudicando as funções orais.

Outras alterações também são observadas, como a presença de olheiras, olhos caídos, narinas estreitas, mordida aberta e cruzada, o nariz e a face tomam forma mais alongada, os maxilares crescem de forma incorreta, os músculos orofaciais tornam-se flácidos e a postura mais encurvada. Além disso, pode causar complicações cardiorrespiratórias devido o aumento da frequência respiratória.

Os sintomas mais comuns em crianças são: distúrbios do sono (roncos noturnos, apneia, bruxismo, respiração oral noturna, terror noturno), dificuldade de concentração, cansaço, hiperatividade, problemas comportamentais e psicopedagógicos. Também podem apresentar risco aumentado de infecções respiratórias de repetição, alterações na fala e alimentares/nutricionais, dificuldade em ganhar peso, mal oclusão dentária, deformidades orofaciais e problemas dentários (como maior risco de quedas e traumatismos, cáries, doença periodontal, etc).

O tratamento do crescimento excessivo da adenoide nas crianças deve ser iniciado o quanto antes para garantir um crescimento harmônico da face. A demora ou falta do tratamento pode trazer diversos prejuízos à criança, inclusive dificultar um futuro tratamento ortodôntico. Além disso, deverá ser feito de forma multidisciplinar com um médico otorrino, um odontopediatra e um fonoaudiólogo para a intervenção da causa da obstrução e de eventuais complicações que possam surgir.

No Instituto Sponchiado, a Dra Renata Barcelos é a médica otorrino responsável pelo diagnóstico desses pacientes de acordo com o histórico e exames realizados na consulta. O tratamento por ela indicado poderá ser medicamentoso ou, em alguns casos, cirúrgicos com a remoção completa da adenoide (adenoidectomia).

Caso as crianças também desenvolvam a necessidade de tratamento ortodôntico, a Dra. Mônica Seefeldt é responsável pelo tratamento por meio do uso dos aparelhos orais. A expansão rápida da maxila é uma das técnicas mais indicadas para intervir na má-formação da arcada dentária, formato do palato e outras alterações orais.

O adequado tratamento multidisciplinar irá promover melhora na saúde e qualidade de vida do paciente, um crescimento simétrico da face, bem como da postura corporal por conta da melhora da respiração, e também um aumento da autoestima da criança.

Foto: Guilherme Augusto