CIRCUITO GASTRÔ: Conheça os melhores doces de leite uruguaios

Brasileiro? Argentino? Uruguaio? Afinal, quem criou o doce de leite? Essa pergunta parece impossível de ser respondida.

Há quem diga que a receita foi criada na Índia, há mais de 2.000 anos, outros relatos garantem que foi mesmo na Argentina e até o Chile participa desta disputa. Mas é fato inegável que a Argentina e o Uruguai adotaram a iguaria produzida à base de leite e açúcar como o doce nacional, sendo que o uruguaio costuma ser mais caramelado que o argentino.

É claro que cada um dá o seu toque à receita. Podem mudar em textura, proporção de açúcar, algumas marcas acrescentam baunilha, outras raspinhas de limão, há versões industrializadas que duram meses a fio na geladeira e os mais artesanais, que após aberto devem ser consumidos em até 15 ou 30 dias.

A qualidade do leite é outro ingrediente fundamental na hora de preparar um bom doce de leite, o que também irá influenciar na sua textura. A temperatura de cocção e o tempo de cozimento também definirão a sua coloração, cremosidade e sabor. O fato é que cada receita é uma delicada combinação entre características dos ingredientes bases, temperatura e tempo.

Afinal, qual é o melhor doce de leite? Depois de provar às cegas 4 marcas uruguaias (sendo que 3 delas podem ser encontradas no Brasil), em 4 pessoas apaixonadas pela iguaria, chegamos à conclusão simples: é uma questão de gosto!

Conheça 4 marcas de doce de leite uruguaio imperdíveis:

Narbona

Localizada em Carmelo, na região de Colônia do Sacramento, a Narbona é famosa por seus vinhos, mas também produz uma série de produtos em um esquema semelhante a uma cooperativa.

De massa a granola e compotas, é possível encontrar praticamente de tudo. Mas os produtos lácteos é que dão um show. Faço aqui uma menção honrosa ao Yogurt, que só é possível comer por lá mesmo, no Uruguai.

Já o doce de leite tem exportação para o Brasil e se adequa muito bem ao paladar nacional. De coloração mais clara e textura mais pastosa, sua composição é basicamente leite, açúcar, regulador de acidez e uma pequena dose de conservante, tão pequena que a validade dele é de cerca de um mês após a data de fabricação mesmo fechado no pote. É comprar e consumir.

Los Nietitos

Dessas marcas que você encontra nas gondolas de qualquer supermercado, a Los Nietitos faz geleias bem adocicadas e variações de doce de leite, desde um produto de entrada, em embalagem plástica, até a versão dietética.

A versão “premium”, em pote de vidro, é a que chega ao Brasil e também restringe seus ingredientes a leite e açúcar. Sua textura é mais densa e seu sabor lembra bala toffee.

Conaprole

A Conaprole é uma gigante láctea do Uruguai que também faz doce de leite em distintas categorias, assim como a concorrente acima, exporta seu melhor produto em pote de vidro para o Brasil, mas meu favorito da linha é o mais industrializado dessa honrosa lista, o Crema Dulce de Leche, vendido nos mercados de lá em um pote de plástico vermelho.

É o de textura mais densa dos quatro e com cor mais escura, leva creme de leite na sua composição e no paladar tem um equilibrado teor de açúcar, mas leva também uma pequena dose de amido de milho que o deixa mais consistente.

Silente

O Silente é o mais artesanal dos doces de leite dessa lista é produzido em José Ignácio, pouco depois de Punta del Este. Atualmente, são apenas 800kg por mês elaborado com leite proveniente de vacas que se alimentam de pastos orgânicos.

Cozido lentamente durante 5 horas, até atingir uma textura delicada, pastosa mas fluída, desenvolve um gostoso sabor de caramelo. Não leva conservantes nem espessantes, sendo o mais natural dos quatro aqui citados. Ainda não tem exportação para o Brasil e, mesmo no Uruguai, é encontrado em lojas de produtos artesanais como a queijaria De Guarda.

Informações da CNN.
Fotos: Divulgação

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