SAIU NA ADORO: A herança do Brasil é o AGRO

Bahia Farm Show 2024 aposta na sucessão familiar e na valorização das atividades rurais em um ano desafiador para o setor  

Por Carla Letícia (Marca Comunicação – Assessoria de Imprensa Aiba)  

 

Se tem uma coisa que o produtor baiano sabe fazer bem, é semear. Ao longo das últimas décadas, é ele quem tem feito germinar as oportunidades impulsionado o desenvolvimento do Oeste baiano, região mais produtiva do estado, assim como das áreas vizinhas, fazendo do Matopiba (região que compreende os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) uma das últimas fronteiras agrícolas do País. 

O potencial e o crescimento destas terras, que hoje produzem cerca de 18 milhões de toneladas de grãos, de acordo com dados da Embrapa, chama a atenção de todo o mundo. E não só na produção de soja e milho, mas também na fruticultura, pecuária e várias outras atividades produtivas. 

Este celeiro de produção de alimentos e matérias-primas compõe a mais importante fonte de riqueza e desenvolvimento do país: a cadeia produtiva do agro. 

Atualmente responsável por mais da metade das exportações e por cerca de 25% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, os resultados do agronegócio surpreendem ano após ano. 

Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a taxa de crescimento do PIB agropecuário, publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem crescido ao longo dos últimos anos impulsionado pelo protagonismo da soja nas demandas dos principais países importadores, especialmente China e Estados Unidos.

Na Bahia, a Associação de Agricultores e Irrigantes do estado (Aiba), instituição que reúne cerca de 1.300 produtores, acompanha as demandas e defende os interesses do homem do campo, atuando de forma a fortalecer ainda mais toda essa cadeia e ajudando a manter o estado no topo quando o assunto é agronegócio brasileiro.  

Na avaliação do presidente da instituição, o produtor Odacil Ranzi, o trabalho desenvolvido aqui faz toda a diferença no cenário nacional. “Nesta safra estamos vindo com uma produtividade média acima das expectativas. Temos certeza de que a Bahia irá bater todos os recordes de produção e será a líder em matéria de produtividade por hectare a nível de Brasil”, afirma ele. 

Agricultura familiar beneficia a economia do País. Créditos: Divulgação]

Agricultura familiar beneficia a economia do País. Créditos: Divulgação

Responsável por uma das principais entidades representativas do setor na Bahia, o produtor destaca ainda o papel das atividades rurais para o desenvolvimento socioeconômico do País, em sua maior parte executadas dentro dos núcleos familiares. 

“O agro é família porque, no campo, o trabalho é realizado em conjunto, com a participação de toda a família. Desde as maiores empresas e fazendas até os pequenos produtores”, diz Ranzi. 

Agricultura familiar: Ascensão e desenvolvimento

Nordeste diversifica culturas e investe na agroindustrialização 

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Nordeste é a região brasileira que mais registrou crescimento na produção de grãos ao longo dos últimos anos, com avanço de 10,6% na safra 22/23. Foram 29,8 milhões de toneladas.  

Mas no campo, a diversificação também é a aposta entre os produtores, que investem cada vez mais na fruticultura e na agroindustrialização.

Estes são produtores como José Adelson, produtor de Riachão das Neves. Para ele, a ideia de produzir doce surgiu como uma forma de evitar o desperdício da banana que ele cultiva. “O que sobrava era um índice muito alto e a gente teve a mesma ideia de agregar valor. Hoje eu tenho, em média, produção de 180 a 200 kg de doce de banana diário”, conta Adelson.

José Adelson, produtor de Riachão das Neves-BA Créditos: Agência Marca Comunicação

Para desenvolver políticas públicas de cooperação e apoio à agricultura familiar nos estados nordestinos, o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste criou a câmara temática do setor, coordenada atualmente pelo secretário de desenvolvimento rural do Rio Grande do Norte, Alexandre Lima.

“O Nordeste possui 48% do total das propriedades de agricultura familiar do Brasil. Isso, na prática, significa que metade do total das propriedades classificadas como da agricultura familiar no Brasil estão no Nordeste. Nós estamos falando de 1,8 milhões de estabelecimentos”, explica Lima. 

Ele conta ainda que 80% do mel, 60% do leite e 90% da mandioca produzida no Nordeste estão essencialmente ligados à produção da agricultura familiar.

Agricultores familiares expõem produtos na BFS. Créditos: Agência Marca Comunicação

“Quando esse grupo social tem a oportunidade de ter políticas públicas que trabalham a sua resiliência, a sua sustentabilidade, nós estamos dando um passo fundamental para o processo de alinhamento desse setor com a questão da produção sustentável”, completa Lima.

Segundo o vice-presidente da Aiba e da Bahia Farm Show Moisés Schmidt, a Feira também busca promover a inclusão e a integração dos agricultores familiares, proporcionando oportunidades de negócios, acesso a tecnologias, capacitação e troca de experiências. 

“A participação deles na Feira, com um espaço exclusivo para demonstração dos produtos oriundos da agricultura familiar, contribui para a visibilidade e fortalecimento desse segmento, além de promover o comércio justo e valorizar a produção local”, afirma Moisés. 

De família para família

 

O papel da família na execução das atividades e dentro dos empreendimentos rurais é destaque no tema da Bahia Farm Show 2024, feira internacional de tecnologia agrícola e negócios que é a maior do Norte e Nordeste do Brasil e acontece de 11 a 15 de junho. De acordo com a diretoria da Aiba, instituição que realiza o evento, a frase-tema “Agro, herança do Brasil” tem como objetivo também ressaltar a sucessão familiar e o legado que é passado de geração em geração. 

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que no Brasil 90% das empresas têm perfil familiar. Um estudo do Banco Mundial citado pelo portal do Sebrae afirma que apenas 30% das empresas familiares chegam à terceira geração e apenas metade disso, ou seja, 15%, sobrevivem a ela. Esse tipo de informação acende um alerta importante para os produtores rurais que desejam que o negócio continue prosperando através da gestão dos filhos e netos. 

O planejamento para a sucessão familiar dentro das empresas é uma das preocupações dos empresários rurais. 

Odacil Ranzi mostra família na campanha da BFS 2024 Créditos: Agência Marca Comunicação

Odacil Ranzi mostra família na campanha da BFS 2024 Créditos: Agência Marca Comunicação

“É essencial deixar os negócios bem estruturados para que os nossos herdeiros possam dar continuidade. Isso envolve transmitir conhecimentos, valores e práticas agrícolas, garantindo a continuidade e o desenvolvimento do agronegócio no Brasil”, destaca Odacil Ranzi. 

Além deste aspecto, a campanha da Bahia Farm Show 2024 também busca uma relação com o agro que alimenta e sustenta, destacando que todas as famílias do Brasil também são beneficiadas direta ou indiretamente através da produção de alimentos, de oportunidades e de riquezas. 

Moisés Schmidt e família. Créditos: Agência Marca Comunicação

Moisés Schmidt e família. Créditos: Agência Marca Comunicação

“Tudo que produzimos em campo é para alimentar outras famílias, pessoas de todos os lugares do Brasil e do mundo”, defende o produtor e vice-presidente da Aiba, Moisés Schmidt. Ele acredita que as famílias trazem consigo valores como o respeito, a ética, a responsabilidade e o comprometimento, importantes em todos os âmbitos da vida. 

“A confiança mútua e a capacidade de trabalhar em harmonia são essenciais para lidar com os desafios e as adversidades que podem surgir, seja dentro dos lares ou nos empreendimentos rurais”, comenta Moisés. 

Entrevista com Odacil Ranzi 

Presidente da Aiba fala sobre mercado e investimentos realizados pelo produtor baiano

REVISTA ADORO –  Este é considerado um ano desafiador para o agro, com dificuldades de clima e de mercado. O senhor acha que isso pode impactar de alguma forma nos resultados da feira? Como essas dificuldades podem ser superadas? 

ODACIL RANZI – Realmente, a safra 2023/24 é muito desafiadora em função do fenômeno El Niño. Outubro a dezembro de 2023 foi de muita dificuldade de implantação para nossas lavouras, e dezembro não choveu tanto, mas vencemos esses obstáculos e estamos iniciando nossa colheita. E para nossa surpresa, estamos vindo com uma produtividade média acima das expectativas. Estamos muito felizes com o resultado da safra. Foi muito difícil lá atrás, foi. Mas hoje vem a recompensa, com altas produtividades, a colheita está andando num ritmo muito acelerado e as condições do tempo estão permitindo a colheita andar. 

Nossa preocupação hoje é com o preço das commodities, que ainda não é convidativo, mas conseguimos com essa produtividade arcar com nossos custos e deixar uma pequena margem para continuar tocando nossos negócios. Esperamos que nos próximos anos o preço do custo de produção esteja mais equilibrado, deixando uma margem mais elástica para o produtor. Acredito que assim possamos continuar crescendo mais, pois temos espaço, tecnologia, solo, sol e água, fatores muito diferenciados no Oeste da Bahia que são favoráveis à agricultura.

Odacil Ranzi, presidente da Aiba e da Bahia Farm Show . Créditos: Agência Marca Comunicação

Odacil Ranzi, presidente da Aiba e da Bahia Farm Show . Créditos: Agência Marca Comunicação

REVISTA ADORO –  Em termos de desenvolvimento de conhecimento técnico e tecnologias, qual o senhor acredita que é a situação atual do Oeste da Bahia?

ODACIL RANZI – Sem dúvida, o estado da Bahia se destaca como uma referência no setor do agronegócio. A aplicação de técnicas avançadas e modernas no oeste baiano é impressionante, com cerca de 90% das áreas adotando o Sistema de Plantio Direto e realizando o plantio em cima da palhada. Essa prática é um diferencial significativo, pois contribui para a redução dos impactos dos veranicos, garantindo uma maior estabilidade na produção agrícola. 

Inclusive no mês de julho teremos o 19º Encontro Nacional do Sistema Plantio Direto, em Luís Eduardo Magalhães. Tenho certeza de que será uma oportunidade única para compartilhar experiências, debater as melhores práticas e promover o desenvolvimento do agronegócio na região. 

É admirável ver como os agricultores do Oeste baiano valorizam a terra e aplicam as melhores técnicas de plantio. O cuidado e o respeito pela mãe-terra são fundamentais para garantir a sustentabilidade e o sucesso do agronegócio. Parabéns a todos os produtores da região pelo comprometimento em adotar práticas sustentáveis e inovadoras, contribuindo para o crescimento econômico e social da Bahia. 

A 18ª Edição da Bahia Farm Show

Créditos: Agência Marca Comunicação

Créditos: Agência Marca Comunicação

Para 2024, a Aiba espera ampliar ainda mais os horizontes da Bahia Farm Show, que chega a sua 18ª edição. Prova disso é a dedicação e o comprometimento que estão sendo aplicados na sua organização, como conta o produtor e coordenador da Bahia Farm Show, Luiz Pradella. “Os organizadores estão determinados a fazer desta edição a melhor de todas”, afirma ele. 

No último ano, a feira registrou número recorde em volume de negócios realizados, que foi de R$ 8,2 bilhões. Mais de 100 mil visitantes de todo o Brasil e de países estrangeiros estiveram presentes no evento. 

Segundo o coordenador, “além do aumento no volume de negócios e no número de expositores, a Bahia Farm Show também busca proporcionar um ambiente propício para que os agricultores tomem as melhores decisões para o desenvolvimento de seus negócios e do setor produtivo”.

Estrutura e expositores 

O Complexo Bahia Farm Show, localizado na cidade de Luís Eduardo Magalhães, será mais uma vez o palco de inovações, tendências e tecnologias do agronegócio regional e nacional. A área completa de 222 mil m² está sendo ainda mais ampliada para receber o público do evento de 11 a 15 de junho de 2024.  

“Com a ampliação da área do estacionamento na entrada 3, com capacidade para mais de 1 mil veículos, a Feira reforça o seu compromisso em oferecer uma experiência completa e segura para os participantes”, conta Pradella, que confirma ainda melhorias na infraestrutura para atender os visitantes e também expositores. 

Todas as áreas externas e pavilhões da feira já estão praticamente 100% vendidos para esta edição, que promete um novo recorde de empresas e marcas em exposição. No ano passado, cerca de 400 expositores apostaram no evento. De acordo com Pradella, neste ano, o número deve ser superado. “A grande procura deste ano nos surpreendeu e nos motiva ainda mais”, comenta ele. 

Segmentos como energia solar, construção civil, instituições financeiras, transporte e logística, imobiliárias e irrigação compõem a feira, que é caracterizada pela diversidade de produtos, serviços e tecnologias em exposição. Outros segmentos importantes presentes são: drones e ferramentas, agropecuária, máquinas e implementos agrícolas, startups, vestuário, consultoria jurídica e de gestão, combustíveis, etc. 

De acordo com o vice-presidente da Aiba, ao trazer informações e oportunidades de negócios para outros segmentos do agro, a Bahia Farm Show contribui para o desenvolvimento e a integração de diferentes cadeias produtivas. “Isso permite que produtores de matrizes diversas, como pecuária, avicultura, piscicultura, fruticultura, entre outros, tenham acesso a conhecimentos, tecnologias, práticas sustentáveis, contatos comerciais que podem impulsionar suas atividades.

Créditos: Marca Comunicação

No ano passado, os setores de irrigação e armazenamento despontaram como os grandes destaques em negócios realizados durante a feira. Este ano, o segmento de insumos, do qual Fabiano Morais faz parte, espera bons resultados durante o evento. 

A empresa onde Fabiano atua como gerente industrial é uma misturadora de fertilizantes mineral, com sede no município de Maruim, em Sergipe. Ele conta que a escolha pela Bahia Farm Show foi óbvia. 

“A Bahia Farm Show está localizada em uma importante região, onde se concentram grandes agricultores. Nosso objetivo é levar para a região do Matopiba nossa marca e nossos produtos. Enxergamos a Feira como uma das principais vitrines do agronegócio no Brasil”, conta Fabiano. 

Uma era de conquistas 

Aiba celebra resultados positivos da gestão que realizará a 18ª edição da Bahia Farm Show 

A 18ª edição da Bahia Farm Show será a terceira edição realizada durante a atual gestão da Aiba, dirigida pelo presidente Odacil Ranzi e pelo vice-presidente Moisés Schmidt. Por conta da pandemia da Covid-19, em 2021 uma edição online foi realizada, adequada às necessidades e restrições da época. De acordo com Ranzi, estes desafios superados foram fruto de muito trabalho e comprometimento. 

“Faço uma avaliação positiva, visto que nesses dois pleitos, de 2021 a 2022, e de 2023 encerrando agora em 2024, conseguimos avanços relevantes”, conta o presidente. Ele conta que a Aiba vem atuando e firmando importantes parcerias, sempre visando o desenvolvimento do agronegócio e da região, a exemplo da equalização do ICMS do milho, que passou a ser cobrado em 2%, conforme os estados vizinhos. “Isso foi uma grande vitória para o produtor, pois a cultura passou a ter maior viabilidade e competitividade no mercado interno, o que pode resultar em uma ampliação das áreas produtivas do milho para todo o estado da Bahia, que abastece o mercado local”, afirma Odacil. 

O presidente destaca como outra vitória a assinatura do acordo definidor da divisa territorial entre Bahia e Tocantins durante a Bahia Farm Show de 2022, em que, após mais de dez anos de negociações, foi finalmente assinado entre os governadores dos dois estados, trazendo mais segurança jurídica para os produtores rurais e população desses estados. 

Em 2023, também foi assinado um acordo de cooperação técnica entre a Secretaria Estadual de Meio Ambiente da Bahia (Sema) para implementação do Monitoramento Hídrico do Oeste da Bahia, o qual será coordenado juntamente com a Universidade Federal de Viçosa (UFV). Uma importante ferramenta para a gestão hídrica das águas superficiais e subterrâneas no aquífero Urucuia.

Bahia Farm Show recebe autoridades e é palco de grandes decisões. Créditos: Agência Marca Comunicação

De acordo com Moisés Schmidt, um dos maiores desafios enfrentados pela gestão da associação tem sido a busca pela valorização e reconhecimento do setor agropecuário.

“O agronegócio, apesar de ser uma das principais atividades econômicas do país, muitas vezes sofre com estigmas e falta de compreensão por parte da sociedade em geral. A Aiba tem trabalhado para promover a imagem positiva do agronegócio, destacando sua importância para a economia, a geração de empregos e a segurança alimentar. E a cada dia sinto ainda mais orgulho por ser produtor rural”, afirma o vice-presidente. 

Movimentando a economia

Assim como todo ano, a preparação para a Bahia Farm Show já movimenta econômica e socialmente não só a cidade de Luís Eduardo Magalhães, como todo o estado. 

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio na Bahia, calculado e divulgado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), totalizou R$ 18,4 bilhões no terceiro trimestre de 2023, representando 19% da economia baiana.

Símbolo dessa riqueza e figurando como um dos maiores eventos do setor no estado, a Feira atrai a visita de representantes internacionais, governadores e autoridades do governo federal, demonstrando sua relevância em diversos âmbitos e se tornando palco de decisões e atos políticos. 

De acordo com o prefeito de Luís Eduardo Magalhães, esta é uma grande oportunidade que promove todos os municípios da região. 

Feira em LEM movimenta economia de todo o estado. Créditos: Agência Marca Comunicação

“Cada vez mais percebemos diversas necessidades que geram oportunidades de negócios e, por consequência, mais crescimento. No início de março tivemos, por exemplo, o lançamento da pedra fundamental para a construção de uma unidade do Ibis Hotel, com mais de 100 leitos, da Rede Accor. A expectativa para esse ano é a melhor possível”, conta Júnior Marabá. 

De fato, a ocupação hoteleira da cidade cresce muito durante os dias de realização do evento. O aumento na movimentação do comércio e serviços de LEM e de Barreiras, cidade mais próxima, também são notáveis. O que, segundo o dirigente, traz visibilidade nacional e gera um compromisso para o desenvolvimento de toda a região. 

Créditos: Agência Marca Comunicação

Créditos: Agência Marca Comunicação

“Somos a cidade que mais cresceu na Bahia nos últimos dez anos, segundo o IBGE. E temos a consciência de que a nossa obrigação é estruturar a cidade e o nosso cidadão”, avalia Marabá. 

Os números da safra 23/24

Informações do Boletim da Safra, divulgados regularmente, mostram crescimento da produção de grãos  

Os impactos climáticos observados em todo o Matopiba desde o início do  plantio transformaram este no ano mais desafiador já registrado pelos produtores. Mesmo assim, de acordo com os levantamentos que estão sendo feitos pelo Conselho Técnico da Aiba, a maior parte das lavouras continuam com uma excelente arquitetura produtiva e as vagens estão apresentando quantidades e enchimentos satisfatórios.

O Boletim da Safra, divulgado semanalmente pela entidade, mostra que a produção de soja deve crescer cerca de 7% em relação à safra 22/23. Precisamente são 1,980 milhão de hectares plantados de soja, com produção estimada em 7,246 milhões de toneladas. 

A produtividade média registrada até o momento é de 61 sacas por hectare, mas há regiões obtendo melhores resultados e chegando a colher até 75 sacas. 

Com o mercado estagnado por conta do preço da saca, que está sendo vendida por cerca de R$ 100, os produtores estão segurando a oleaginosa armazenada, atrasando a venda. No Boletim mais recente, as informações mostram que nem 50% da soja safra 23/24 havia sido vendida. Neste mesmo período da safra passada, toda a produção já havia sido comercializada. 

Milho 

A situação é a mesma em relação ao milho, cultura que perdeu bastante espaço no Oeste da Bahia e em todo o Matopiba este ano. No Maranhão, por exemplo, a quebra de safra do grão deve chegar a 20%. 

Segundo a Aiba, os aspectos fitossanitários associados a fatores climáticos serão consideráveis para redução de produtividade do cereal na atual safra.

Ao todo estão sendo plantados 135 mil hectares do grão, com produção estimada em 1,392 milhão de toneladas e produtividade de até 180 sacas por hectare.

Agência Marca Comunicação

Algodão 

Se o clima afeta o produtor de soja, também acaba afetando o de algodão, já que este é quase sempre o mesmo produtor. A cultura conseguiu expandir sua área plantada para a safra 23/24 em mais de 10%, mas os resultados da colheita serão avaliados conforme o desenvolvimento das lavouras. 

Ao todo, já estão plantados 338 mil hectares, com produção estimada em mais de 600 mil toneladas. As informações são da Associação Baiana dos Produtores de Algodão, a Abapa.

Agência Marca Comunicação

Foto de capa: Agência Marca Comunicação

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