Mercado de bioinsumos registrou valorização nos últimos 6 anos

Os setores de bioestimulantes, biodefensivos e bioinoculantes, integrantes do mercado de bioinsumos – produtos agrícolas ou veterinários produzidos a partir de matéria orgânica – passaram por valorização nos últimos seis anos, com crescimentos de R$ 600 milhões, R$ 106 milhões e R$ 2 bilhões, respectivamente. Isto é o que diz a pesquisa “Insumos Biológicos no Brasil”, publicada em março deste ano pela Agroanalysis, revista do FGV Agro.

Os setores de bioestimulantes, biodefensivos e bioinoculantes, integrantes do mercado de bioinsumos – produtos agrícolas ou veterinários produzidos a partir de matéria orgânica – passaram por valorização nos últimos seis anos, com crescimentos de R$ 600 milhões, R$ 106 milhões e R$ 2 bilhões, respectivamente. Isto é o que diz a pesquisa “Insumos Biológicos no Brasil”, publicada em março deste ano pela Agroanalysis, revista do FGV Agro.

Fernanda Valente, autora da pesquisa “Bioinsumos no Brasil”, explica que essas taxas de crescimento acompanham a tendência da busca pela sustentabilidade, um dos principais objetivos da sociedade nas últimas décadas.

As finalidades

Os bioinsumos ainda podem ser divididos de acordo com a sua finalidade. Biodefensivos utilizam microrganismos ou substâncias derivadas de plantas para controlar pragas e doenças de forma natural. Já os promotores de crescimento, como biofertilizantes, bioinoculantes e bioestimulantes, utilizam a mesma matéria-prima para fornecer nutrientes às plantas ou estimular seu crescimento.

O mercado desses promotores de crescimento também passou por expansão nos últimos anos, segundo a pesquisa da Agroanalysis, com valorização expressiva do setor de bioinoculantes, que passaram da estimativa de R$ 287 milhões na safra 2018/2019 para R$ 393 milhões na safra 2020/21, com expansão de aproximadamente 37%.

A pecuária também se beneficia dos bioinsumos, utilizando-os na suplementação nutricional dos animais ou no controle parasitológico através dos mesmos biodefensivos utilizados em plantas. Além disso, segundo Reginaldo Minaré, diretor executivo da Associação Brasileira de Bioinsumos (ABBINS), os biofertilizantes aplicados nas plantações para melhorar a qualidade do solo refletem positivamente na qualidade nutricional da carne. “Se você tem um solo mais rico em nutrientes, vai refletir positivamente na qualidade final da produção, que são os grãos, as carnes”, afirma.

O tratamento do solo com esses produtos naturais ainda promove economia de gastos com a compra e transporte de herbicidas e fertilizantes químicos, porque esses microrganismos podem ser reproduzidos nas próprias plantações. De acordo com Fernanda Valente, até mesmo os custos com tratamento de água e outros recursos naturais podem ser reduzidos, já que esses seres vivos ajudam a reduzir os riscos de contaminação do solo.

Informações do A Tarde
Foto: Freepik

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