SAIU NA ADORO: Eduardo Lima: Do sertão nordestino para o mundo

@eduardolimaart

Redação


Das cenas vividas pela sua trajetória vêm a arte e o talento para retratar, de um jeito novo, através da técnica de óleo sobre tela, o sertão do Nordeste. As obras são as lembranças do cotidiano do povo nordestino, das brincadeiras infantis no Sertão, as Marias quilombolas, crianças com animais, festejos locais e forrozeiros.

Autodidata, com mais de 25 anos dedicados à arte, Eduardo Lima desenvolveu sua própria identidade no mundo artístico, ele criou personagens com características marcantes, inseridos na cultura e nas paisagens do sertão nordestino. “Cada criação conta um pouco das minhas vivências nesse meio”, afirma o artista.


Eduardo vem ocupando espaço no meio artístico com sua vocação de pintor, vem conquistando apreciadores da arte contemporânea brasileira por meio das exposições coletivas e individuais de sucesso no Brasil e no exterior. Recentemente participou com uma mostra no Salão Internacional de Arte Contemporânea no Museu do Louvre. “Uma experiência única e motivadora, a certeza de que estou no caminho certo”, compartilha Eduardo.

Suas obras também estiveram em exposição em Brasília, São Paulo, Salvador, Londres, França e fechará com chave de Ouro no Rio. A partir do dia 17 de fevereiro, a Exposição Raízes do Sertão Nordestino estará na Galeria principal do Centro Cultural Parque Glória Maria. Aberta à visitação das 8h às 20h, de segunda a sexta-feira, e segue até o dia 3 de março.

A Exposição Raízes do Sertão Nordestino traz para o visitante todo o processo de emoções e lembranças com passagens da infância até os dias atuais do sertão do Nordeste, onde o artista viveu. São 20 telas de tamanhos variados, alguns deles, inclusive, estiveram no Louvre e agora podem ser apreciadas pelos cariocas. 

Eduardo relata que essa exposição é muito especial para ele porque é o resgate das suas raízes eternizadas através das tintas e dos pincéis. “É uma doce viagem nas memórias e lembranças de nosso povo, do nosso lugar. Significa um grito de superação, um afago no coração, uma conquista e a realização de um sonho”, reitera.

E não para por aí. O artista conta que em 2024 suas telas estarão em exposições pelo Brasil e mundo. “Temos convites para expor em Salvador, São Paulo, Portugal, França e Estados Unidos. Além de convites para parcerias importantes”, relata.


Uma história inspiradora


Nascido em 1977 na cidade de Capim Grosso, no interior da Bahia, aos 10 anos de idade Eduardo já tinha um grande apreço pela arte, desenhando a lápis grafite, esculpindo em argila e outros materiais. Sempre foi apaixonado pela arte, desde cedo já elaborava os primeiros traços com cores fortes e traços firmes inspirados na cultura nordestina, enquanto sua mãe fazia as tarefas domésticas. “Percebi que o que buscava para criar minhas obras estava ao meu redor. Passei então a retratar o sertanejo do meu jeito”, relata.

“Meu primeiro contato com as tintas e os pincéis só aconteceu nos meus 23 anos de idade, quando trabalhava como frentista em posto de combustível. Usava os dias de folga para estudar e elaborar meus quadros com temas variados: florais, paisagens, natureza-morta, etc”, relembra Eduardo.

Inspirado nas suas raízes nordestinas, ocupa seus momentos retratando as pessoas no seu cotidiano, sempre com muita sensibilidade, transmitindo naturalidade em seus personagens. 

“Sempre digo que acredito no poder transformador da arte e enquanto artista quero continuar motivando pessoas, especialmente os jovens, a jamais desistir de sonhar e lutar pelos seus objetivos”, conclui Eduardo Lima.

Fotos: Arquivo pessoal

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