Colheita de Soja atrasa e produtor segura vendas na Bahia

Na Bahia, a colheita dos dois milhões de hectares de soja que foram plantados já começou, mas o ritmo ainda é bastante lento. De olho no campo, o produtor teme a incidência de pragas e acaba segurando a venda dos grãos na esperança de encontrar melhores preços nos próximos meses.

O produtor rural Edgar Soder conta que a escolha do momento exato de plantar a soja nos seus 160 hectares em Luís Eduardo Magalhães foi a mais difícil dos últimos anos.

“Nos 22 anos em que moro aqui, nunca tinha visto isso”, conta o agricultor, se referindo à estiagem que atingiu a região. Com índices pluviométricos bem abaixo da média histórica, o Oeste da Bahia segurou bastante o plantio da oleaginosa para a safra 23/24.

Soder precisou replantar 10% da área e agora precisa de ajuda para monitorar e prevenir a ocorrência de pragas e doenças, como a mosca branca.

De acordo com Douglas Bagerski, engenheiro agrônomo, anos de clima mais seco representam maiores desafios para um manejo eficiente. “Buscamos produtos para ajudar tanto na fixação biológica do solo como na nutrição da própria semente”, afirma ele.

A região emitiu um alerta fitossanitário em fevereiro registrando a presença de ferrugem asiática em algumas lavouras. Segundo o agrônomo, o sinal exige atenção no campo.

“O produtor que não deixou de aplicar o fungicida preventivo está mais precavido contra a ferrugem”, afirma Bagerski.

Comercialização

As operações de colheita seguem atrasadas no estado, com 3,2% da área total colhida. Nas primeiras áreas irrigadas, a produtividade média registrada pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) é de 70 sacas por hectare. No mesmo período do ano passado, a média era de 74 sacas.

A produção, porém, não é a maior preocupação do sojicultor, mas sim o mercado. A comercialização da safra 23/24 está em 35% na região, enquanto no ano passado já havia sido finalizada.

Informações de Canal Rural
Foto: Agência Marca Comunicação

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