MUNDO: Marca norte-americana é acusada de promover “pobrezacore”

A polêmica em torno da marca de roupas Magnolia Pearl tem agitado as redes sociais e dividido opiniões na indústria da moda nos últimos meses. Com peças que exalam uma aura lúdica, com um toque dos movimentos hippies dos anos 1960 e 1970, a grife norte-americana ganhou notoriedade, mas também vem sendo alvo de inúmeras críticas.

Entenda melhor:

A controvérsia da Magnolia Pearl

Fundada em 2001 por Robin Brown, no Texas (Estados Unidos), a Magnolia Pearl inicialmente conquistou os corações dos clientes com suas bolsas exclusivas, mas, em 2003, expandiu seu portfólio para incluir roupas. As criações da marca, que contam com patchworks e tecidos fluidos como linho e jeans rasgados, adquiriu uma clientela de celebridades, incluindo nomes como Johnny Depp, Whoopi Goldberg, Betsey Johnson e Helena Bonham Carter.

Porém, no TikTok, a marca virou alvo de desaprovação por parte do público. O motivo é a contradição entre os altos preços e a estética pela qual ficou conhecida — a temática “pobre” ou “mendiga”. Além disso, a utilização de termos como “hobo chic”(mendigo chique, em tradução livre) pela própria marca provocou indignação.

Outras polêmicas

Engana-se quem acha que o “pobrezacore” é a única problemática da etiqueta texana. Anteriormente, a marca foi condenada por uma coleção que se apropriava da cultura dos povos nativos norte-americanos, usando imagens de indígenas. “Eu me recuso a acreditar que essa marca seja real”, afirmou um usuário nas redes sociais.

Quando questionada pela imprensa sobre as críticas, Robin Brown, afirmou que não presta muita atenção ao que ocorre na internet. A atriz Whoopi Goldberg, por sua vez, saiu em defesa da grife, da qual também consome, e disse que as pessoas precisam “se acalmar” e que “se todos reclamarmos de tudo, em breve andaremos pelados”.

O debate em torno da Magnolia Pearl é um lembrete de que a moda é uma forma poderosa de expressão, mas também é necessário ter sensibilidade e respeito pelas referências culturais e sociais que podem estar atreladas às criações. O desafio sempre é encontrar um equilíbrio entre a liberdade artística e a conscientização sobre as mensagens que as criações podem transmitir.

Informações de Metrópoles.
Fotos: Divulgação

  • Compartilhe: