Neuroarquitetura: A experiência multissensorial através da arquitetura

O ambiente de casa ou do trabalho pode influenciar diretamente no bem-estar e até mesmo na saúde. É o que promete a neuroarquitetura, ainda pouco difundida no Brasil e no mundo. Essa novidade da arquitetura pode mudar o conceito de viver bem e até mesmo melhorar a produtividade e a venda nas empresas. O termo se refere ao estudo da neurociência aplicada à arquitetura e é cada vez mais usado por profissionais do setor para criar ambientes mais saudáveis e humanizados, com um único objetivo: melhorar a qualidade de vida das pessoas. 

A novidade chegou ao Oeste da Bahia através da arquiteta Silvana Radoll, pós graduada em neuroarquitetura. Ela defende que a concepção de projetos com espaços confortáveis, relaxantes e funcionais, pensados em cada indivíduo e em seus comportamentos promove experiências multissensoriais: “Podemos observar a diminuição dos problemas emocionais, a melhora da concentração e da produtividade quando aplicamos a neuroarquitetura.”

De acordo com a profissional, a conexão desses elementos com as nossas vivências resulta em boas lembranças ou memórias afetivas. Na arquitetura, essas sensações se refletem no dia a dia com a composição de ambientes que estão em harmonia com a identificação pessoal. 

“Passamos cerca de 90% do nosso tempo em ambientes construídos e os momentos marcantes e nossas memórias estão ligadas a eles. Por isso, é fundamental cuidarmos do impacto que o ambiente pode causar nas emoções, buscando sempre gerar memórias positivas, utilizando os princípios da neurociência”, explica a arquiteta. Ela acrescenta ainda, que “estímulos sensoriais como cheiro, sons, texturas, iluminação, boa ventilação no ambiente e até conexão com a natureza através de plantas ou elementos naturais podem gerar sensações, que podem ser de bem-estar, relaxamento, sono de qualidade entre outros de acordo com o perfil e necessidade do cliente e usuário.”

A neuroarquitetura pode ser aplicada também em projetos corporativos com a missão de estimular a produtividade de colaboradores, melhorar o foco e a concentração o que causa um impacto positivo nos resultados das empresas. Silvana ressalta que é possível até mesmo fazer as vendas da empresa aumentarem: “Um projeto estratégico pode estimular o consumo em lojas e até mesmo a permanência das pessoas na unidade, chamar a atenção de usuários para determinado produto que precisa ser evidenciado, além de conduzir a circulação das pessoas pelo espaço planejado”, completa.

@vivamaisarq

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