Artigo 

@laranovaesnutri

Texto: Lara Novaes

O estresse crônico é uma preocupação crescente para a saúde, com causas variadas, geralmente surgindo quando os desafios superam a capacidade de enfrentamento. Ansiedade, depressão, privação de sono, pensamentos disfuncionais e rotinas exaustivas podem resultar em um quadro tensional com consequências físicas e psicológicas graves. Isso é caracterizado pelo aumento da atividade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, refletindo em níveis elevados de cortisol plasmático.

Para além disso, os efeitos do estresse impactam os padrões alimentares, afetando negativamente a saúde e qualidade de vida. Eventos estressantes frequentemente levam a alterações no comportamento alimentar devido à liberação de hormônios que buscam prazer, resultando em escolhas alimentares não assertivas. Esse cenário pode incluir aumento na alimentação hedônica, marcada pelo desejo de alimentos palatáveis, ricos em açúcares e gorduras.

Sabe-se que indivíduos estressados podem apresentar comportamento alimentar compulsivo, fazendo escolhas impulsivas para obter prazer imediato, sem considerar as consequências a longo prazo. Se não controlado, isso pode desencadear adaptações neurobiológicas, contribuindo para transtornos alimentares, desnutrição, sobrepeso, obesidade e síndrome metabólica.

Nesse sentido, para preservar a saúde integral, corpo e mente, é crucial compreender a relação entre estresse e comportamento alimentar. Fortalecer a capacidade de enfrentar situações estressantes e buscar orientação profissional para estratégias nutricionais específicas é essencial. A conscientização sobre essas interações destaca a importância de procurar cuidados clínicos e nutricionais para promover o bem-estar e a qualidade de vida. 

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Lara Novaes é Nutricionista formada pela Universidade Federal do Oeste da Bahia e Pós-Graduanda em Nutrição Clínica e Saúde Pública. CRN 22116/P 

Foto: Lorranne Dias