Raiva dos Herbívoros: saiba o que é e como evitar

Dados do Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH) mostram que anualmente são registrados centenas de óbitos de animais da área rural por conta da raiva, doença infecciosa viral grave que atinge mamíferos. As perdas não só geram impacto econômico para o setor, como traz risco de saúde para animais domésticos e até para a saúde humana, caso não haja monitoramento e controle.

O Ministério da Agricultura, responsável pelo programa que visa desenhar estratégias de prevenção e controle da doença, documentou 50.944 casos de raiva em herbívoros (bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e equinos) desde 1999 até julho deste ano. Em 2021, foram 642 casos em ruminantes dos 661 totais. São Paulo foi o estado com o maior participação, com 17% do total dos focos, seguido de Minas Gerais, 14,3%, e Paraná, 10,1%.

A doença é transmitida para esses animais através da mordida do morcego hematófago, chamado também de morcego vampiro, principalmente aqueles da espécie desmodus rotundus. Os sinais clínicos de infecção são falta de coordenação motora, movimentos de pedalagem, paralisia dos membros pélvicos, tremores, salivação, engasgo, dilatação das pupilas, alteração do comportamento e, invariavelmente, morte.

Vacinação e Notificação de suspeita

A raiva traz uma série de riscos para o campo: redução no ganho de peso e até morte de animais, exposição de trabalhadores à doença, podendo levar à perda de mão de obra e à morte de pessoas. Entre os principais sintomas verificados no contágio de animais, estão o isolamento do restante do rebanho, tremores musculares, salivação intenção, falta de coordenação e até paralisia de membros posteriores.

Um dos principais e mais conhecidos métodos preventivos é a vacinação. O Ministério da Agricultura recomenda vacinar os animais a partir de três meses de idade, com um reforço após 30 dias e a revacinação anual para controle da doença. Se algum animal apresentar sintomas, a orientação notificar ao Órgão de Defesa Sanitária Animal do seu estado, para que as ações de controle e vigilância sejam tomadas.

A notificação deve ser feita por formulário presencialmente, por telefone ou e-mail aos Serviços Veterinários Oficiais dos Estados (SVEs), ou nas Secretarias Municipais de Saúde (SMS). O site do PNCRH disponibiliza as localizações mais próximas para os procedimentos de notificação e coleta de material para laboratório.

Com informações do Globo Rural.
Foto: Pixabay/ Pexels

  • Compartilhe: