Catar define regras para receber estrangeiros durante a Copa do Mundo de 2022

Desde que foi escolhida como a principal sede da Copa do Mundo de 2022, o Catar tenta resolver problemas complexos até o início da competição. Um dos mais difíceis será onde acomodar uma multidão estimada em 1,5 milhão de pessoas (pouco mais da metade da população do país), estimada para desembarcar no Catar durante os 28 dias do mundial.

Para começar, os organizadores pretendem restringir ao máximo a entrada de estrangeiros no país durante o período do Mundial de 2022. Quem não estiver credenciado e não tiver ingresso e um lugar reservado para dormir, não poderá entrar no país. Para complicar, um decreto do governo do país proibiu que todos os hotéis do país aceitassem reservas individuais dos hóspedes, o que causou um reboliço por parte de quem as tinha, já que os preços das acomodações subiu.

Agora, até mesmo dirigentes e jornalistas credenciados e portadores de bilhetes (adquiridos em uma das fases de sorteios promovidos pela Fifa) deverão visitar a Agência de Acomodação do Qatar para encontrar um lugar para ficar. Também precisão entrar na plataforma digital Hayya e registrar seus dados pessoais, comprovar que possuem ingressos ou credencial e lugar para pernoitarem, durante o período solicitado.

Ou seja, mesmo com ingresso para os jogos ou com uma credencial, quem não tem reserva para pernoitar, não entrará no Catar. Pode ser em um hotel, em um apartamento, ou em uma das 3.898 cabines em um dos dois navios de cruzeiro que estarão ancorados no porto da cidade durante o evento (foram alugados da MSC Cruises). Ou, ainda, em uma das cerca de mil tendas e cabines pré-fabricadas, que serão instalados em campings nas imediações da capital do país.

Para aumentar a capacidade de leitos para a Copa de 2022, o Catar firmou uma parceria com o país vizinho Irã para criar uma rede de hotéis e campings, nas ilhas de Qeshm e Kish, pertencentes ao país vizinho, que ficam a cerca de 40 minutos de voo ou 6 horas de navio de Doha. Só na ilha de Kish, seriam mais 4 mil leitos disponíveis. Para os deslocamentos acontecerem sem transtornos, iranianos e catarianos praticamente triplicarão o número de voos entre os dois países: passariam de 72 para 200 por dia.

Com informações do Estadão.

Foto: AFP

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