Primeiro brasileiro diagnosticado com varíola dos macacos recebe alta em SP

O primeiro brasileiro diagnosticado com varíola dos macacos recebeu alta médica e deixou o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, na manhã de segunda-feira (20), após 14 dias de isolamento.

Anderson Ribeiro tem 41 anos e é gerente de Produtos e Projetos de Recursos Humanos em uma empresa na capital paulista. “Estou me sentindo muito bem. Farei, futuramente, um retorno de acompanhamento”, disse.

Ele teve os primeiros sintomas da doença no final de maio, quando retornou ao Brasil após uma viagem à Europa. Anderson e a mãe tinham viajado para Portugal e Espanha.

O diagnóstico de Anderson foi confirmado pelo Instituto Adolfo Lutz em 9 de junho. Atualmente, o Brasil registra oito casos confirmados da doença, sendo que quatro estão no estado de São Paulo.

“Minha viagem foi por um motivo tão lindo, que era levar minha mãe para conhecer a Europa e comemorar o aniversário dela lá. Ela amou”, relata. A mãe dele está bem, sendo monitorada, assim como todas as pessoas que tiveram contato com o paciente.

“As pessoas com quem eu tive contato não tiveram o vírus e isso é maravilhoso. Meu isolamento protegeu muitas pessoas. Isso é importante.” Anderson contou que todas as feridas já cicatrizaram. O tempo era necessário para as feridas secarem, e quando a gente se cuida e toma as atitudes corretas frente a uma doença contagiosa, esse autocuidado protege os outros. Ficar isolado não é bom, mas foi necessário e isso me ajudou a passar esses dias.”

Ele disse que, agora, só quer ver a mãe, os gatos e os amigos.

“Estou cheio de saudades da minha mãe e dos meus amigos. Mesmo falando por videochamada todos os dias, nada substitui um abraço.”

Anderson disse também que vai voltar ao trabalho. “Voltar à minha rotina de trabalho e projetos que ficaram parados. Tive muito tempo para pensar e perceber como a correria do dia a dia faz a gente esquecer de coisas importantes. Mudanças na rotina acontecerão com certeza”, contou ele à reportagem do G1.

Com informações do G1.

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