Você pode até nunca ter ouvido falar nesse nome, mas com certeza, já se beneficiou dele. Estamos falando do sorgo, o quinto cereal mais produzido no mundo e atualmente, uma das principais culturas plantadas no Brasil. O sorgo é rico em ferro, zinco, proteínas, fibras, vitamina E e tem alta capacidade antioxidante. A planta é comumente usada na alimentação animal, mas é também matéria-prima para a fabricação de etanol, farinhas, pães e biscoitos. O sorgo se caracteriza pela versatilidade de plantio, que o faz ser adaptável a diversos tipos ambientes. Um levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostrou que a produção brasileira deverá fechar 2022 com uma alta de 45,9% e com cerca de 3 milhões de toneladas na comparação com a temporada anterior.
Para Paulo Levinski, gestor comercial da Sementes Oilema, a produção do sorgo não é uma novidade no agronegócio, mas cresce gradualmente e apresenta ótimos valores de venda em relação ao milho (80-90%), especialmente em períodos com probabilidades menores de chuva, o que coloca o cerrado brasileiro em posição de destaque na produção do cereal: “A produção da semente de sorgo traz segurança e rentabilidade ao produtor, pois sua fisiologia apresenta diversos benefícios, além de auxiliar na produção da cultura de soja, porque a palhada do sorgo é extremamente volumosa e duradoura em relação ao milheto, e continua fazendo papel de proteção do solo até o momento do plantio.”
Crédito: Arquivo Pessoal
Segundo ele, para esse ano, a produção é estimada em 1.9 milhões de hectares da cultura do sorgo, em diferentes áreas do país e o resultado, além de movimentar o agronegócio, também é benéfico para a soja, o grão mais produzido nas lavouras brasileiras: “As raízes do sorgo exploram regiões diferentes ao da soja, além de atingirem grandes profundidades, fazendo a descompactação e trazendo para a superfície o potássio residual que estava depositado no solo”, complementa. Junto a isso, também está a vantagem de o sorgo não ser hospedeiro de doenças da soja e ter poder de redução do fator de reprodução dos principais nematoides (vermes) do grão”, complementa.
A Sementes Oilema está há 24 anos no ramo da produção e comercialização de sementes na região Oeste da Bahia, com sede em Luís Eduardo Magalhães. A empresa começou produzindo sementes para cinco mil hectares de soja e hoje sua produção é responsável pelo plantio de aproximadamente 2,5% da área de soja do Brasil, estimada em mais de 40 milhões de hectares, distribuídas em todo cerrado brasileiro (Ba, Ma, Pi, To, Pa, Mt, Go e Ro).
Tudo com o apoio de pesquisas e experiências tecnológicas para melhorar lavouras.
É com base nessa expertise, que Paulo Levinski destaca alguns dos benefícios do plantio de sorgo e o indica para garantir mais qualidade e rentabilidade nas produções: “A planta de sorgo precisa de menos água para completar o ciclo, menos problemas com a cigarrinha, além de seu custo ser bem mais baixo que a cultura do milho. Ou seja, é uma cultura que em tempos de custos altos e dificuldades em relação a insumos, se torna cada vez mais interessante para o produtor manter ou aumentar sua renda, além de cuidar de seu solo”, finaliza.
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