Especialistas explicam como a fisioterapia pode melhorar a reabilitação após procedimentos cirúrgicos

Se tem uma coisa que o brasileiro gosta de fazer é cirurgia. O país se destaca alcançando a primeira posição no ranking internacional pela quantidade de procedimentos realizados. Isso se torna ainda mais evidente quando o assunto é cirurgia plástica. Um levantamento recente, feito pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), mostrou que o Brasil é o país com o maior número de cirurgias plásticas no mundo. São aproximadamente 1,5 milhão de procedimentos por ano, o que coloca os brasileiros à frente dos Estados Unidos e do México.

Em meio à essa enxurrada de cirurgias, um novo tratamento vem sendo utilizado para diminuir os traumas dessas intervenções cirúrgicas e melhorar a reabilitação depois do procedimento. É o que explica a fisioterapeuta Joyce Elias: ” Esse acompanhamento surge como uma poderosa ferramenta, desde os primeiros minutos após o paciente ser submetido à cirurgia, reduzindo os desconfortos nas horas subsequentes. Dentro de uma abordagem mais imediata do pós-cirúrgico, a fisioterapia atua para acelerar o processo de recuperação.”

Crédito: Divanildo Silva

A profissional explica que é um trabalho em conjunto com o cirurgião que ajuda ainda, no controle dos processos inflamatórios e auxilia numa melhora mais rápida e confortável: “O objetivo da parceria é ajudar na deposição de tecido cicatricial, reduzir dores e prevenir inchaços, fibroses, acúmulo de líquido e equimoses (roxos)”, explica ela.

Esses resultados são potencializados, quando o trabalho do fisioterapeuta começa imediatamente após a cirurgia, como ressalta Danielly Araújo, que é também fisioterapeuta e trabalha com este tipo de abordagem: “Quando iniciamos logo o tratamento, a recuperação é ainda mais acelerada, porque o corpo passa a ter um maior controle das forças que estabilizam a matriz extracelular, que é responsável por produzir o tecido de cicatrização. Então existe uma resposta tecidual mais controlada e não exacerbada”.

A fisioterapeuta lembra que o planejamento faz toda a diferença para o sucesso final: “Isso vale para o intra e pós operatório, já que a presença da equipe de fisioterapeutas faz total diferença no trabalho do cirurgião plástico e pode mudar para melhor, o desfecho clínico”, alerta ela. Além disso, o cuidado na escolha da equipe é outra ferramenta importante para garantir bons resultados, como alerta Dra. Joice: “É importante ter cuidado com os profissionais que oferecem pacotes e combos promocionais, pois o barato pode sair caro. Cada paciente é único e o tratamento deve ser individualizado e com o cuidado com a reabilitação tecidual, dentro de um contexto cercado por AMOR e CIÊNCIA”, finaliza.

Crédito: Divanildo Silva

@dra_joyceelias

@daniellyaraujofisioterapia

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